15.12.22

Feira do Livro nas Bibliotecas Escolares

 Decorreu, entre os dias 5 e 13 de dezembro, em ambas as Bibliotecas Escolares - escola Infante D. Pedro e Dr. Bernardino Machado - uma Feira do Livro.

Nesses dias, os alunos, acompanhados pelas professoras, deslocaram-se às Bibliotecas Escolares e visitaram as Feiras, podendo consultar e manusear diversos títulos, abrangendo várias áreas do Saber e da Leitura lúdica.




As visitas foram animadas e revelaram o interesse dos alunos pela leitura.












29.11.22

Sessão de Poesia na BE

 

Decorreu, no passado dia 24 de novembro, na BE da escola Dr. Bernardino Machado, uma sessão de Poesia.

A autora, Ana Lúcia Simões, docente na escola, leu para alunos do ensino secundário alguns poemas da sua coletânea Dando Voz à Poesia, captando a atenção e o interesse dos jovens ouvintes.

Esta atividade enquadrou-se na celebração do Dia Internacional para a eliminação da Violência contra as Mulheres.






22.11.22

Leituras Centenárias, no centenário do nascimento de José Saramago

 As Bibliotecas Escolares assinalaram, no dia 16 de novembro, o centenário do nascimento do Nobel da Literatura José Saramago.

Os alunos foram convidados a ler excertos dos Discursos de Estocolmo e um breve, mas muito emotivo texto, de Pilar del Rio, escrito para estas comemorações.


«O homem mais sábio que conheci em toda a minha vida não sabia ler nem escrever. As quatro da madrugada, quando a promessa de um novo dia ainda vinha em terras de França, levantava-se da enxerga e saía para o campo, levando ao pasto a meia dúzia de porcas de cuja fertilidade se alimentavam ele e a mulher. Viviam desta escassez os meus avós matemos, da pequena criação de porcos que, depois do desmame, eram vendidos aos vizinhos da aldeia. Azinhaga de seu nome. na província do Ribatejo.

Chamavam-se Jerónimo Melrinho e Josefa Caixinha esses avós, e eram analfabetos um e outro. No Inverno, quando o frio da noite apertava ao ponto de a água dos cântaros gelar dentro da casa, iam buscar às pocilgas os bácoros mais débeis e levavam-nos para a sua cama. Debaixo das mantas grosseiras, o calor dos humanos livrava os animalzinhos do enregelamento e salvava-os de uma morte certa. Ainda que fossem gente de bom carácter, não era por primores de alma compassiva que os dois velhos assim procediam: o que os preocupava, sem sentimentalismos nem retóricas, era proteger o seu ganha-pão, com a naturalidade de quem, para manter a vida, não aprendeu a pensar mais do que o indispensável. Ajudei muitas vezes este meu avô Jerónimo nas suas andanças de pastor, cavei muitas vezes a terra do quintal anexo à casa e cortei lenha para o lume, muitas vezes, dando voltas e voltas à grande roda de ferro que accionava a bomba, fiz subir a água do poço comunitário e a transportei ao ombro, muitas vezes, às escondidas dos guardas das searas, fui com a minha avó, também pela madrugada, munidos de ancinho, panal e corda, a recolher nos restolhos a palha solta que depois haveria de servir para a cama do gado. E algumas vezes, em noites quentes de Verão, depois da ceia, meu avô me disse:

“José, hoje vamos dormir os dois debaixo da figueira.” (...)

Enquanto o sono não chegava, a noite povoava-se com as histórias e os casos que o meu avô ia contando: lendas, aparições, assombros, episódios singulares, mortes antigas, zaragatas de pau e pedra, palavras de antepassados, um incansável rumor de memórias que me mantinha desperto, ao mesmo tempo que suavemente me acalentava. (...) Quando, à primeira luz da manhã, o canto dos pássaros me despertava, ele já não estava ali, tinha saído para o campo com os seus animais, deixando-me a dormir. Então levantava-me, dobrava a manta e, descalço (na aldeia andei sempre descalço até aos 14 anos), ainda com palhas agarradas ao cabelo, passava da parte cultivada do quintal para a outra onde se encontravam as pocilgas ao lado da casa. Minha avó, já a pé antes do meu avô, punha-me na frente uma grande tigela de café com pedaços de pão e perguntava-me se tinha dormido bem. Se eu lhe contava algum mau sonho nascido das histórias do avô, ela sempre me tranquilizava:

“Não faças caso, em sonhos não há firmeza.”

Pensava então que a minha avó, embora fosse também uma mulher muito sábia, não alcançava as alturas do meu avô, esse que, deitado debaixo da figueira, tendo ao lado o neto José, era capaz de pôr o universo em movimento apenas com duas palavras. Foi só muitos anos depois, quando o meu avô já se tinha ido deste mundo e eu era um homem feito, que vim a compreender que a avó, afinal, também acreditava em sonhos. Outra coisa não poderia significar que, estando ela sentada, uma noite, à porta da sua pobre casa, onde então vivia sozinha, a olhar as estrelas maiores e menores por cima da sua cabeça, tivesse dito estas palavras:

“O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer.” (...)

Muitos anos depois, escrevendo pela primeira vez sobre este meu avô Jerónimo e esta minha avó Josefa (faltou-me dizer que ela tinha sido, no dizer de quantos a conheceram quando rapariga, de uma formosura invulgar), tive consciência de que estava a transformar as pessoas comuns que eles haviam sido em personagens literárias e que essa era, provavelmente, a maneira de não os esquecer, desenhando e tomando a desenhar os seus rostos com o lápis sempre cambiante da recordação, colorindo e iluminando a monotonia de um quotidiano baço e sem horizontes, como quem vai recriando, por cima do instável mapa da memória, a irrealidade sobrenatural do país em que decidiu passar a viver. (...)»

                                                     José Saramago, in Discursos de Estocolmo


Em novembro de 2022, José Saramago cumpre cem anos. Sim, o escritor que há pouco escrevia sobre a fabricação de armas, que contava sobre uma epidemia de cegueira que nos demonstrava que "somos cegos que vendo não veem", o que ensaiava sobre a lucidez de quem não se resigna, o autor que deu vida ao heterónimo de Fernando Pessoa e que pôs a navegar a Península Ibérica mar adentro, tem um século de idade e, no entanto, imaginamo-lo ativo, dinâmico, conversando sobre livros e causas. Talvez o tenhamos encontrado tomando um café numa esquina qualquer. Poderia voltar a suceder: se a obra é tão atual, é porque o escritor continua próximo. É nosso contemporâneo, representa-nos quando sonha e quando propõe. Continua aqui.

                           Pilar del Rio, Presidente da Fundação José Saramago, 2022

10.11.22

Resultado do Quizz do Dia Mundial do Cinema

 




Alunos vencedores do  Quizz  sobre o Dia Mundial do Cinema





A cada aluno aluno será oferecido um DVD com um filme selecionado

9.11.22

Exposição " Voltar aos passos que foram dados", José Saramago, 1922-2022









 Decorre, entre os dias 7 e 10 de novembro, na Biblioteca Escolar da escola Dr. Bernardino Machado, a exposição "Voltar aos passos que foram dados", José Saramago, 1922-2022.

A exposição, cedida pela Biblioteca do Museu Municipal, em articulação com a Fundação José Saramago, pretende apresentar uma breve mostra da vida e obra do autor e prémio Nobel da Literatura.
Nestes dias serão dinamizadas  algumas atividades nas Bibliotecas Escolares do agrupamento Figueira Mar como, por exemplo, as "Memórias Centenárias", em parceria com o Plano Nacional do Cinema e as "Leituras Centenárias" em sala de aula.





8.11.22

Halloween nas Bibliotecas Escolares

 As Bibliotecas Escolares assinalaram o dia de Halloween, dinamizando diversas atividades com os alunos.

Escola Dr. Bernardino Machado








Escola Infante D. Pedro





31.10.22

"Quem quer ser Saramago?"

 


Alunos da escola Dr. Bernardino Machado  assistiram,  no dia 27 , à representação da peça "Quem quer ser Saramago?", pela Andante Associação Artística, numa iniciativa do serviço educativo e biblioteca municipal do Museu Dr. Santos Rocha e em articulação com a Biblioteca Escolar do Agrupamento Figueira Mar.

Os alunos foram convidados a participar na representação que incidiu sobre textos selecionados da obra de José Saramago.




 

 

24.10.22

24 de outubro, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares

 As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de escolas Figueira Mar assinalaram o dia 24 de outubro, Dia Internacional das Bibliotecas Escolares, dinamizando várias atividades.


Às 08.40 horas, a Biblioteca Escolar da escola Dr. Bernardino Machado realizou um momento de leitura, transmitido ao vivo para todas as escolas do Agrupamento, através do sistema Zoom. ( para o primeiro ciclo foi disponibilizado um link no blogue da escola, plataformadapalavra.blogspot.com

Alunas do Clube de Leitura leram o poema de Sidónio Muralha, "Todas as crianças da terra", abordando o tema da Paz, pois é este o tema proposto para este ano pelo MIBE, "Ler para a Paz e Harmonia Globais".

Ao longo do dia, os alunos são convidados a recolher cartões, previamente espalhados pela escola. Cada cartão tem frases do poema escolhido que os alunos leem, na Biblioteca, aos colegas, professores e técnicos educativos.





Momento de Leitura - «Todas as crianças da Terra», de Sidónio Muralha

 Disponibilizamos o vídeo do momento de leitura agendado para as 8:40.

Apreciem!



17.10.22

Mês das Bibliotecas Escolares




Mês das Bibliotecas Escolares

No mês de outubro assinala-se o Mês das Bibliotecas Escolares.

As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de escolas Figueira Mar assinalam o mês, com diversas atividades e, em especial, no dia 24 dinamizam as atividades "Visita obrigatória à Biblioteca" e "Momento de Leitura".



 

3.10.22

(Porque) Ler é levar a alma a passear

 (Porque)


As Bibliotecas Escolares retomam a atividade de sugestões de leitura para os diferentes níveis de ensino.

Todos os meses serão recomendados um ou mais livros; os alunos recebem estas sugestões no seu email institucional.

Todas as sugestões estarão disponíveis neste blogue, na secção "Sugestões de Leitura 2022/2023"

29.9.22

Bernas



   Sou o Bernas, a mascote da Plataforma da Palavra

 

Este blogue é construído para todos vós.

Não se esqueçam de o consultar para saberem as últimas novidades das Bibliotecas Escolares.